Fashion Rio-Inverno 2012

                                       Fashion rio-Inverno 2012/1
2nd Floor


Numa pegada ecológica que abusava de materiais como pele fake e nylon matelassado que parece couro, a coleção assinada por Thiago Marcon foi claramente inspirada na natureza e Robin Hood, sem ser óbvio demais. Esses materiais contrastaram com o jeans de modelagem limpa, camisas de seda, além de detalhes em mangas e saias. A estamparia apareceu corrida dando uma leve lembrança aos bosques e também étnicas com uma forte pegada Versace dos anos 80 - que tá voltando com tudo (a estampa e a década)! Agora os acessórios são pra ficar de olho: além das ankle boots e meia-patas lindos, surge a bolsa Cambridge - a futura-nova-queridinha das it girls!
Coven



Dos terrosos aos tons vivos de rosa, laranja e verde, a coleção assinada por Liliane Rebehy traz referencia à cultura maia com suas estampas étnicas que se mixavam à geometria do Art Déco da década de 20. Bordados e miçangas que imitam estamparia, malhas leves e pesadas - tudo é tricot! Se a Coven largou alguma tendência forte para a temporada serão os camisetões com estampas de figuras ornamentais - #itscool!
Melk Z-Da



Melk Z-Da trouxe uma elegância para a Fashion Rio que as vezes faz falta no line up do evento. Inspirado em bonecas de barro de artesãs, a coleção trouxe mil texturas, recortes e modelagens, tudo dando movimento nas peças, em sua maioria, assimétricas. Transparências e vazados também fizeram sua parte, alguns babados aqui e acolá. Acho chique!
TNG



Jeans, jeans e mais jeans. Mas de um tecido comum? Of course not, baby. Tecidos de garrafas PET (vc leu certo) e fibras naturais numa pegada eco fashion fizeram a graça na passarela. As modelagens vieram elaboradas: com richilieu e lavagens desgastadas - tudo num clima de safári grunge, bem fashionista. Aliás, thanks a marca que me mandou um convite para o desfile

Fashion Rio-Inverno 2012/2

Walter Rodrigues

Rígido e severo, o inverno de Walter Rodrigues foi inspirado o filme A Fita Branca - e mostrou sua inspiração na nova silhueta que apresentou, cheia de sobreposições variadas usando a calça knicker, reta e curta como base. A alfaiataria junto do tricot veio principalmente em tons de preto e outros neutros, só para o final que brotaram algumas estampas com um pouco mais de cor. Um desfile de peças boas, mas longe de ser meu favorito.
Ágatha



Ágatha era minha maior esperança para o quarto dia de desfile, e felizmente, honrou minhas expectativas. Do moletom passando pelo trico chegando ao veludo molhado, a coleção teve uma cartela de cores bem abrangente, diferente do verão passado que foi total white. Cinzas, bronzes, ferrugens, pretos, brancos e variações de vermelhas - depois uma variada modelagem nas silhuetas, algumas mais justas e outras mais amplas. A melhor parte foi o styling - e as peças com franjas!
Filhas da Gaia



Um pouco de cor não faz mal, mesmo em pleno inverno. Numa fusão da Africa colorida com o Japão minimalista, a coleção mais focada na moda festa, com saias mullet, longas e muuuuita fenda. A estamparia veio colorida, com muito animal print e geometria. Momento não posso viver sem: AS SANDÁLIAS!

Fashion Rio-Inverno 2012/3
Bianca Marques

Na estreia da marca na Fashion Rio, Bianca Marques tentou agradar todo mundo e, bem, acabou confundindo geral. Sua primeira passarela foi inspirada no universo da dança, no mundo das bailarinas e para abranger isso ela mostrou tudo que sabe fazer: curto, longo, justo, largo, saia rodada, godet, justa, calça comprida, terninho, short, roupas secas e mais pesadas de lã, renda, pérolas, veludo, cetim, organza... Qual a marca registrada da estilista? Ninguém sabe ainda. Mas tirando a overdose de informação na coleção, foram peças lindas e desejáveis. Mas para conhecer Bianca Marques só esperando pela próxima Semana de Moda...
Maria Bonita Extra
Em uma palavra? Encantador - e a melhor do dia (talvez até mesmo da temporada). Leve e delicada, a coleção teve uma cartela de cores variada, com tons quentes, frios e neutros, tecidos lisos e estampas - seja os clássicos florais aos divertidos micro-pinguins (#achofofo). Uma texturização que imitava estampa de peixe também fez sua vez. Seja peças estruturadas ou esvoaçantes, MBE fez uma coleção lynda, que fica bem tanto nas passarelas quanto nas araras. E na gente (leia-se: em mim)!
Espaço Fashion
Definitivamente, a marca amadureceu. E inovou também. Quem disse que para tirar o inspired da Cidade Maravilhosa tem que cair de braços abertos (trocadilho sem graça) nos clichês de tropicalismo e tals? Ao usar o art-déco do Rio, a Espaço Fashion mostrou que não. Estampas gráficas fizeram sua vez em alfaiataria, sedas e plumas. O esportivo característico? Sumiu deixando apenas alguns pequenos detalhes como zíper e o shorts. Mas só! Preto e branco, tons sóbrios, transparências em dourado - o clima jovial passou direto para o closet das executivas!
Coca Cola Clothing
O sportwear que fez da marca conhecida já estava sendo deixado de lado nas ultimas coleções e, para o inverno 2012, tem sua volta com força total. Uma coleção esportiva e futurista com a silhueta mais ampla e estruturada como as roupas de astronautas, as estampas da Aurora Boreal e signos do zodíaco, os recortes e mistura de tecidos como no inicio da marca. Além da textura como a superfície da lua, deixando bem óbvia a inspiração numa viagem espacial. Ainda prefiro as coleções anteriores, mas essa é até bem bonitinha

Fashion Rio-Inverno 2012/4
Amo acompanhar as semanas de moda e nessa época é ainda melhor já que não tenho outros compromissos e posso ficar o dia todo vagando pelas novidades que ocorrem lá no Pier Mauá, só que... Posso falar? Que calor só de ver as roupas do inverno! *arrepios involuntários* Mas ignorando as frustrações de quem sofre aos 40ºC, o que aconteceu no primeiro dia da Fashion Rio Inverno 2012 foi...
Herchcovitch

Como fã do estilista, posso dizer que senti falta da ousadia na passarela. Sim, foi uma coleção cheia de peças desejo, com muito camuflado, influencia dos anos 80 e, principalmente, jeans! Inspirado dos artistas nova iorquinos do Soho de algumas décadas atrás, Alexandre trouxe silhuetas amplas que ficam bem nas modelos magérrimas e nas plus size, jeans que vão do coringa blue até o delavé - cheios de detalhes como botões, desfiados e alguns respingos a la Basquiat. Agora momento-não-posso-viver-sem: O maxi tricot preto com caveira (terceira foto direita no topo) vai ser meu!
Acquastudio

Acquastudio em uma palavra? Textura! Ok, pode ser duas? Textura e estrutura! Tá, volto para uma: Construção! Embora não fosse toda aquele high fashion que estavam prometendo, a grife manteve seu rigoroso trabalho manual numa coleção com carinha vintage, cheia de saias lápis midi, golas arredondadas e saias rodadas pelo joelho. A texturização estava a mil, em alguns casos foi até em demasia. A cartela de cores incomum chamou atenção ao combinar tons de ameixa, maça-verde, cobre, cobalto... Achei fofinha - e quero os três últimos vestidos!
Patachou

Os países orientais são sempre uma boa fonte de inspiração para os estilistas. Érika Frade se voltou para um Japão luxuoso, onde as peças sempre davam uma lembrança ao quimono. Lurex, jacquard e linho encerado se misturavam á phynesse da seda e do cetim, numa cartela que misturava cores fortes ao lado de tons metalizados. Ficou pesado demais - mesmo com as sandálias de tiras finas.
Alessa

Alessa inovou ao trocar o seu característico cetim por crepes de seda, lã, malhas de trico e crepes de jacquard. Mas a estamparia estava lá: étnica, tribalista e muito cheia de detalhes. Uma alfaiataria interessante que contrasta com algumas peças que são amarradas. Literalmente.
Cantão

De inicio, o brancão junto de tecidos pesados dá um clima glacial elegante (e quente) e no decorrer, tudo termina no xadrez grunge de flanela - e sua volta depois de esquecido no verão. O que aconteceu no meio tempo? Uma modelagem simples e limpa, sem grandes frufrus e muuuuuuita malha - de pesos variados. Leggings, túnicas e alguns tricots fazem ponto numa coleção casual, jovem e bastante comercial!